Os Charge RC II têm sido os meus amigos inseparáveis nestas últimas semanas e confesso que para eles não deve ter sido fácil, pois andar a aguentar com alguns quilos em cima, em dias a rondar os 40 graus e numa panóplia de quilómetros que incluíram corridas curtas, longas e algumas séries, não é para qualquer um.
Pois é, chegou então a hora de falar um pouco da experiência de usar os Charge RC II da Under Armour, um modelo de topo concebido para corredores neutros ou ligeiramente pronadores, que conquista pelo design e cores desde o momento em que se abre a caixa, mas que me deixou com algumas dúvidas quando percebi que a parte superior dos ténis é composta por duas peças distintas, que se unem quase exclusivamente quando são apertadas com os atacadores e que trazem uma língua perfurada e com alguma espessura que à primeira vista me pareceu incómoda. Primeiras questões, funcionam estas duas soluções?
Funcionam. Em relação à construção bífida, é apenas necessário encontrar o ajuste dos atacadores adequado, mas tirando esse detalhe tudo funciona perfeitamente envolvendo o pé como um todo e permitindo uma elevada flexibilidade. Relativamente à língua perfurada em MPZ, tenho a dizer que funciona muito bem, pois em dias de calor como os que tiveram nestas semanas, foi notório o conforto e a respirabilidade que senti na zona do metatarso.
Este modelo algo minimalista, possui uma anatomia desenhada para imprimir alguma velocidade e isso sente-se logo nos primeiros metros, com a geometria da espuma Micro G a fazer o seu trabalho através de uma boa reação e retorno da energia colocada na passada.
Fica uma recomendação para uma compra meio número ou mesmo um número abaixo do habitual, pois a forma parece-me um pouco maior que o normal.
E agora que o calor parece ter tirado férias, ainda não é desta que vou dar descanso aos Charge RC, pois terão que me acompanhar em mais alguns quilómetros!
Preço: 135€ I Peso: 227grs. I Drop: 6mm
Apesar dos modelos apresentados serem experimentados com alguma exaustão, não se pretende fazer um teste laboratorial, mas apenas relatar a experiência de utilizador, ajudando quem lê o artigo a ter uma perceção do modelo exposto, para além do que normalmente vem descrito na ficha técnica.
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